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INTEGRANTES DA UATI NA ACADEMIA BAURUENSE DE LETRAS

Fátima Aparecida Tentor Salles, Olynda Aparecida Bassan Franco e José Marques são os novos acadêmicos da entidade que objetiva a defesa da língua e da literatura nacional.

 

 


Em julho, os integrantes da Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) da Universidade do Sagrado Coração (USC), Fátima Aparecida Tentor Salles, Olynda Aparecida Bassan Franco e José Marques, foram nomeados os novos membros efetivos da Academia Bauruense de Letras (ABL). A cerimônia de posse foi realizada no Auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no evento de comemoração dos 25 anos – Jubileu de Prata da Academia.

Farmacêutico e apaixonado pelo mundo literário, José Marques conta que para ingressar na ABLetras é necessário que o candidato já tenha um livro publicado e seja avaliado por uma comissão da Academia pela sua obra e outros possíveis trabalhos literários. Para essa conquista, um longo caminho foi percorrido e a UATI teve um papel significante nesse processo. “Trabalhei com Farmácia durante 50 anos, não tinha tempo para ler, escrever, pois meu trabalho exigia minha presença constante. Aposentei-me e com muita disposição ainda, entrei para a UATI em 2008 e comecei a frequentar as diversas Oficinas, porém na época não havia nenhuma Oficina literária. Comecei a coletar assinaturas entre os colegas e pedimos a criação de uma Oficina para aqueles que tivessem interesse em escrever. Fomos atendidos e foi criada a Oficina da Palavra”.

Com as oficinas, José pôde aprimorar a escrita para que, posteriormente, publicasse seu livro. “Resolvi enviar alguns textos para concursos sendo qualificado para seis antologias e consegui classificação em  diversos concursos de trovas no Brasil. Em 2017, publiquei meu livro de contos: “Saga de uma vida” e continuo a frequentar a Oficina da Palavra orientada pela professora Doutora Cecília de Lara que funciona em sala cedida pela ABLetras. Foi então que eecebi o convite da Rosa Gabrielli, então presidente da ABLetras, para me candidatar a Academia”, contou.

A Academia Bauruense de Letras foi criada há mais de 20 anos e desempenha o importante papel de valorizar a leitura e a formação de leitores. Além disso, seu objetivo envolve o fortalecimento de expressões literárias e estímulo ao estudo da Língua Portuguesa, aproximando a comunidade à autores com a produção e a manutenção9 do acerco literário local. “Um acadêmico da ABLetras deve colaborar para que nossa língua seja respeitada conforme as regras gramaticais e ainda contribuir com suas produções literárias”, pontua Marques.


 Link deste artigo: https://www.usc.br/site/conteudo/7497-integrantes-da-uati-na-academia-bauruense-de-.html
 Tags: USC, UATI


GALERIA DE FOTOS

      
 

JCNet.com.br

08/07/2017 07:00 - 
Cultura

ABLetras: abertura de exposição será neste sábado

Fotos e documentos históricos poderão ser visitados na sede da estação

 JCNet.com.br

10/10/2015 07:00 - Cultura

ABLetras: nova sede e lançamentos

Livros “Filho Único” e “Achados!” marcam início das atividades da Academia Bauruense de Letras na antiga Estação Ferroviária em noite histórica

Aline Mendes  
Samantha Ciuffa
Joaquim Simões, presidente da Academia Bauruense de Letras

A literatura está em festa: após 22 anos de existência, a Academia Bauruense de Letras (ABLetras) irá inaugurar sua sede neste sábado (10), às 20h, no prédio da antiga estação ferroviária, hoje espaço cultural do município.

Para celebrar o momento histórico haverá o lançamento da coletânea “Filho Único”, com a participação de 14 autores ligados ao grupo Expressão Poética, e “Achados!”, livros de contos e poesias de Josmar da Paixão. Saiba mais sobre as obras logo abaixo.

O evento, aberto a toda comunidade, terá declamações de poesias, com mediação de Regina Ramos, Renato Rapnobre e Reginaldo Furtado, e apresentações musicais da Banda Komboio, Iara Silva, dupla Verso e Voz com Cris Deziró e Daniela Sá, Meriza Cristina e Régis Henrique, Madê Corrêa e Dan Corrêa.

A serviço da literatura

Criada há 22 anos, a Academia Bauruense de Letras reúne mais de 60 membros, entre os 34 efetivos, os honorários, os correspondentes e os agregados.

A instituição desempenha papel importante junto à comunidade ao valorizar a leitura e a formação de leitores, fortalecer expressões literárias, estimular o estudo da Língua Portuguesa, compartilhar conhecimentos, dar palestras a estudantes, aproximar público e autores, contribuir com a produção e a manutenção do acervo literário local e, especialmente, apoiar novos escritores.

A sede da ABLetras deve abrigar a biblioteca, com suas antologias, a produção de acadêmicos e livros em geral, incluindo um espaço de leitura e pesquisa para visitantes. Haverá também salas para diretoria, arquivo administrativo, cursos e reuniões.

A intenção é ainda utilizar a sede para acolher lançamentos de livros, concursos e festivais literários, saraus e eventos culturais, incluindo o intercâmbio entre as academias paulistas.

Para Joaquim Simões, presidente da Academia Bauruense de Letras, a conquista da sede própria é indispensável na preservação do acervo da entidade, até então espalhado. “Não podemos perder os marcos históricos da academia. Preservar exige muita responsabilidade e estamos focados nisso”, disse recentemente ao JC.

 


 

JCNet.com.br

19/07/2015 07:00 - Cultura

ABL terá sede própria na Estação Ferroviária de Bauru

Assim como outras entidades, Academia Bauruense de Letras será sediada em espaço cultural na antiga e icônica Estação Ferroviária de Bauru

Aline Mendes  
Divulgação
Josmar Paixão, Mariluci Genovez, Orminda Camargo, Ana Maria Machado, Maria Cristina Carvalho, Joaquim Simões e Orlando
Alex Mita
Josefina Fraga, Mariluci Genovez, Josmar Paixão, Ana Maria Machado, Maria Cristina Carvalho e Orminda Camargo após encontro no JC para falar sobre mudança de endereço, agora, próprio 

Há tempos a população espera por um destino nobre à antiga estação ferroviária, patrimônio histórico de Bauru. Há uma certeza: o local está destinado a ser um espaço cultural, ainda sem nome, que irá abrigar a sede de movimentos, grupos e entidades. Uma delas é a Academia Bauruense de Letras que, desde a sua criação, há 22 anos, sonha com isso: uma sede própria.

“É um momento histórico para a academia, que terá autonomia para atividades mais permanentes, beneficiando não só seus membros, mas também o município e a área da literatura”, afirma Elson Reis, secretário municipal de Cultura.

O projeto já está tomando forma com a restauração do prédio. “A ocupação da salas da NOB é um resgate da história e da cultura de nossa cidade, enquanto revitaliza o centro comercial e velho de Bauru; desejo de muitos bauruenses”, avalia Mariluci Genovez, membro da academia.

A também acadêmica Ana Maria Barbosa Machado reforça a importância da boa notícia: “não é uma luta individual, mas uma conquista para a cidade. O patrimônio cultural é preservado através das entidades culturais”.

Visibilidade

O fato de ter uma sede fixa poderá contribuir para o trabalho da ABLetras ser visto de forma ampla.

“Os acadêmicos já colocam à disposição seus conhecimentos e capacidades para prestar serviços à comunidade.

Tendo um local próprio a população poderá se relacionar com a academia de forma mais próxima”, prevê o secretário de Cultura.

Membro da ABLetras, Maria Cristina Ehmke Carvalho, deseja que academia e acadêmicos sejam reconhecidos e ganhem a simpatia da população. “Muita gente não sabe que a Academia Bauruense de Letras existe nem o que fazemos, mas não somos um grupo fechado”.

Para Orminda Machado de Camargo, também da ABLetras, a sede deve valorizar ainda a cultura do encontro. “O estudar junto promove a nitidez do entendimento ampliando o conhecimento”. E completa: “é um dos nossos objetivos estimular o estudo da Língua Portuguesa e a produção literária sob diferentes aspectos”.

Em festa

Com mais de 60 membros, entre os 34 efetivos, os honorários, os correspondentes e os agregados, a ABLetras se reúne em uma sala emprestada pelo Sesi.

De acordo com a “Comissão da sede própria”, formada por membros da entidade, a academia terá duas salas grandes integradas e três menores, que já foram pintadas e receberam piso novo; faltam ainda vidros, iluminação e alguns detalhes.

“A sede é um sonho antigo de todos nós. Fui presidente por quatro anos, numa época em que não tínhamos força e recursos para realizar. O que mudou foi a união e a persistência da academia”, pontua Josefina de Campos Fraga.

Da comunidade

A sede da ABLetras deve abrigar a biblioteca, com suas antologias, a produção dos acadêmicos e livros em geral, incluindo um espaço de leitura e pesquisa para visitantes. Haverá também as salas da diretoria, do arquivo administrativo, de cursos e reuniões.

A intenção é ainda utilizar a sede para acolher lançamentos de livros de acadêmicos e demais escritores, concursos e festivais literários, saraus e eventos culturais, das datas comemorativas (como o dia do livro ou do escritor) ao intercâmbio entre as academias paulistas.

Além de valorizar a leitura, reforçar expressões literárias, compartilhar conhecimentos, dar palestras a estudantes e promover a interatividade entre leitores e escritores, a ABLetras acredita que ter sua sede será fundamental para outra de suas missões: apoiar novos escritores.

“Bauru é muito rica em escritores. Muitos estão no anonimato e a academia pode ser uma referência para eles”, comenta Josmar da Paixão.

Fala, secretário

Segundo o secretário municipal de Cultura, Elson Reis, é possível que em setembro todos os grupos que solicitaram o espaço já estejam instalados na antiga estação ferroviária. Além da Academia Bauruense de Letras, haverá a sede de atividades de hip hop, ferromodelismo, preservação da cultura negra e indígena, entre outras entidades e ações.
“Os espaços comuns serão usados para a realização de eventos e atividades culturais. Na hora em que estiver todo mundo lá trabalhando será bem bacana, um grande caldeirão cultural”, destaca.

Ele ainda comenta que o hall de entrada poderá ser oferecido para artesãos e que está prevista uma área de alimentação com produtos diferenciados. “Com o uso, naturalmente, irão surgir demandas como uma praça de alimentação, porque terá grande movimentação de pessoas. Não seria um mercadão como o de São Paulo, mas pontos de venda que não irão interferir no espaço cultural, serão dimensionados dentro dessa realidade”, informa o secretário.

Fala, presidente

Presidente da Academia Bauruense de Letras, Joaquim Simões vê na sede própria a oportunidade para recolher e preservar – num único local – um acervo que está “por aí”. “Todo o material histórico está espalhado”, resume. “Não podemos perder os marcos históricos da academia”, insiste.

A mudança de sala – do Sesi Altos para o primeiro andar da estação – facilitará, em sua avaliação, a disponibilização do material para consulta: desde a primeira ata de reunião no início da década de 1990 até quadros e, claro, livros. Garantir a “segurança” de tudo isso é uma preocupação de Simões – que cumpre mandato até o fim do ano. A partir de 2016, Simões deve se dedicar a outros desafios na área da literatura – fora, portanto, da presidência da ABL.

 

 


 

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Bauru e grande região - Terça-feira, 7 de julho de 2015

ABLetras

Crônicas, poemas, contos e tudo aqui

Aline Mendes  
Dar luz às palavras, sejam elas unidas em prosa ou poesia: essa é a missão da Antologia Aberta 2015, publicação da Academia Bauruense de Letras que será lançada na próxima sexta-feira, dia 3 de julho, às 19h30, no Teatro Municipal, com entrada aberta ao público.
 
A obra, que reúne poesias, contos, crônicas e prosas diversas, com temas e estilos livres, comemora os 22 anos da Academia Bauruense de Letras. Além dos textos de 10 membros efetivos da ABLetras, como também é chamada, a Antologia acolhe outros 13 autores, contribuindo para motivar ou revelar talentos de Bauru e região.
 
“Estou encantada com a produção cultural que encontramos. Há pessoas de muita competência, algumas experientes e outras bem jovens”, alegra-se Rosa Leda Accorsi Gabrielli, presidente da comissão que organizou a obra.
 Número 3
 Esta publicação é a terceira antologia aberta a escritores que não fazem parte da ABLetras. 
 “É importante para atrair quem tem o dom da escrita e está escondido em casa. Quando a pessoa vê seu texto publicado fica estimulada e até se emociona”, conta a escritora Josefina de Campos Fraga, torcendo para que esses autores publiquem mais textos e seus próprios livros.
 Para o presidente da Academia Bauruense, Joaquim Simões Filho, a literatura está em alta na cidade. “Jovens estão se agrupando para discutir e declamar poesia, há novos movimentos e ações como eu nunca tinha visto!”, comemora.
 Mesmo em tempos tão agitados e digitais? “Sim, porque a arte é a fuga de uma realidade contestada. Na arte você encontra um universo imensurável, fora de tudo que nos limita. Diante de tanta violência e sofrimento, a poesia abre nossos olhos para coisas belas”, conclui poeticamente.
 Serviço
O lançamento da Antologia Aberta 2015 em comemoração dos 22 anos da Academia Bauruense de Letras será no dia 3 de julho, às 19h30, no Teatro Municipal (avenida Nações Unidas 8-9). Informações e exemplares do livro com o presidente, Joaquim Simões Filho, pelo telefone (14) 3232-2029.
 Quem?
 Antes dos textos, há breve histórico dos autores. Acadêmicos: Benedito Requena, Cláudio David Dangió, Isolina Bresolin Vianna (em memória), Joaquim Simões, José Perea Martins (em memória), Josefina de Campos Fraga, Josmar da Paixão, Orminda Machado de Camargo, Roldão Senger, Rosa Leda Accorsi Gabrielli e Rubens César Colacino. Demais: Ana Sparz, Bruno Emmanuel Sanches, Fátima Tentor Salles, Guilherme Sandi, Iara Marisa Sávio Bonasorte, Lázaro Carneiro, Luiz Antonio Barbosa da Silva, Luiz Carlos dos Santos, Marcondes Serotini Filho, Nelson Coimbra, Rui Miguel Tripoli e Téia Camargo.
Academia em movimento
Ao completar seus 22 anos de fundação, a Academia Bauruense de Letras tem a comemorar: já publicou sete antologias de seus membros, mais três com acadêmicos e outros autores; reúne escritores premiados e especialistas e contribui para a cultura de Bauru e região.
Com mais de 60 membros, entre os 34 efetivos, os honorários, os correspondentes e os agregados, a academia leva a valorização da literatura por meio de palestras e apresentações em instituições de ensino, entidades e presídios.
Também promove estudos, abertos à comunidade sobre obras, poetas e literatos, além de apoiar novos escritores e movimentos (como o Expressão Poética, por exemplo). Os acadêmicos ainda participam da banca de concursos literários, dos mapas culturais do Estado e de outros eventos, compartilhando conhecimentos e  amor à arte.
As reuniões são mensais e os interessados em saber mais sobre as ações da entidade podem ligar para (14) 3232-2029 (Joaquim Simões).
 

JCNet.com.br

04/06/15 15:25 - Geral

Morre José Perea Martins, da Associação Bauruense de Letras

Aline Mendes
Quioshi Goto
Perea foi alfaiate, telegrafista, professor, advogado, agente administrativo, procurador jurídico e publicou vários livros

Morreu nesta quinta-feira (4), aos 84 anos, José Perea Martins, membro da Associação Bauruense de Letras e da ONG Alfabeto Sem Amarras. O velório acontece na sala 4 do Centro Velatório Terra Branca (rua Gerson França, 5-55, Centro). O sepultamento está previsto para esta sexta-feira (5), às 8h30, no Cemitério da Saudade de Bauru.

Martins foi alfaiate, telegrafista, professor, advogado, agente administrativo, procurador jurídico da Prefeitura de Bauru, empresário e autor dos livros “Ano 2026”, “As funções da Palavra Que”, “As atividades extraordinárias de um professor”, “Idioma Português Brasileiro”, “Reformas e Acordos Ortográficos da Língua Portuguesa” e “Contos e Narrativas”.

Em 21 de dezembro de 2014 José Perea Martins foi o entrevistado da semana do Jornal da Cidade. Confira a seguir a reprodução da entrevista concedida por ele à repórter Ana Paula Pessoto:

 

Jornal da Cidade - Quando o assunto é trabalho, o senhor já fez de tudo um pouco...

José Perea Martins - Sim (risos). Minha vida profissional teve início como office boy de alfaiataria, aos 13 anos de idade. Comecei a aprender o ofício e, aos 15 anos, eu já ganhava igual a um profissional experiente. Depois, fiz um curso de telegrafia do código morse para trabalhar na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Eu fiquei muito feliz com o novo trabalho, mas a modernidade chegou e transformou o sistema de telegrafia em telefonia. Fomos dispensados (risos). Mas eu prestei um concurso na prefeitura, passei e trabalhei por mais de 30 anos no órgão público.

JC - Quais foram as suas atribuições na Prefeitura de Bauru?

José Perea - Comecei como fiscal, fui chefe de gabinete do então prefeito Irineu Bastos, oficial de gabinete do Nuno de Assis, assessor do Alcides Franciscato, secretário do Serviço de Previdência dos Municipiários (Seprem), que hoje é Fundação de Previdência dos Servidores Municipais de Bauru (Funprev), fui diretor do Departamento Pessoal e procurador jurídico, quando me aposentei. Quando saí da prefeitura eu comecei a advogar.

JC - Nesse meio tempo o senhor cursou Direito?

José Perea - Sim. Estudava de manhã e fazia faculdade à noite, na Instituição Toledo de Ensino (ITE). Cheguei a ter um escritório. Hoje dou conselhos e presto serviço sem cobrar, para amigos, principalmente em direito de família, que é uma área que eu gosto muito. Além da faculdade de Direito, estudei contabilidade. E, nas horas vagas, ainda tive outros ofícios.

 JC - Quais foram estes outros trabalhos?

José Perea - Eu era guia de turismo. Gostei tanto do trabalho que montei uma agência e passei a me dedicar mais ao turismo. Depois eu cansei e montei um salão de eventos, o Greenville, na avenida José Henrique Ferraz, onde hoje é uma igreja.

JC - Quando surgiu o interesse pela língua portuguesa?

José Perea - Fui professor de português por ordem do MEC (Ministério da Educação) sem ser professor, quando fui secretário do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). A gente via os alunos que estavam mais adiantados e montávamos outras classes. Foi nessa época que tive vontade de me aprofundar nos conhecimentos de gramática. Eu ia até as escola, conhecia o material e conversava com os alunos. Tive vontade de chegar em casa e me aprofundar no assunto. E vi que eles tinham razão: ninguém consegue aprender tudo na língua portuguesa, no entanto, nós ficamos lutando sem poder reformar em um ponto que atinja a necessidade do povo. Eu não cheguei a cursar Letras porque ocorreram dois problemas de ordem familiar quando eu fui fazer o vestibular. Achei que não deveria mesmo fazer.

JC - Foi também nessa época que sua história com a literatura teve início?

José Perea - Na verdade foi bem antes. Eu fiz um trabalho na escola quando fazia o ginásio no Liceu. O professor deu um trabalho para fazermos sobre a palavra “que”. Meus colegas chegaram com trabalhos de três ou quatro páginas e eu cheguei com o meu de 35 páginas. O professor deu risada e falou que meu trabalho merecia se tornar um livro. Fiquei entusiasmado, procurei um livreiro em São Paulo, e foi publicado. Naquela ocasião, todo mundo estudava gramática. E minha obra foi um sucesso. A Editora Tecnoprint – Edições de Ouro, livretos de bolso, comprou os direitos. Com o dinheiro dei entrada em uma casa. Parei de escrever porque estava entrando na prefeitura e tinha muito trabalho. Mas, quando me aposentei, tentei escrever alguma coisa de literatura mesmo: o “Ano 2026”.

 JC - Quando o senhor passou a integrar a Academia Bauruense de Letras?

José Perea - Foi em 2006, quando o então presidente Munir Zalaf me convidou. Eu tenho colaborado na medida do possível. Quando começou a onda da entrada em vigor do novo acordo, eu corri e propus ao Munir uma cartilha, e depois um livro. Passamos a vender em São Paulo e em outros Estados.

 JC - E sobre a Alfabeto Sem Amarras?

José Perea - Sou presidente da ONG. O nosso objetivo é estudar e divulgar a necessidade de se fazer uma ampla reforma ortográfica em nossa língua. Há mais de duas décadas, divulgamos nossa tese. Temos esse trabalho divulgado, não só no Brasil, como nos demais países lusófonos, no site: www.alfabetosemamarras.org. Apontamos as incongruências ortográficas de nossa língua e procuramos dar uma conotação moderna sob o ponto de vista gramatical.

JC - O senhor já tem um próximo trabalho encaminhado?

José Perea - Sim, na Antologia 2015 da Academia Bauruense de Letras escrevo um tipo de autobiografia em forma de entrevista: “A Entrevista que não dei”. A antologia é uma obra aberta a todos os que querem participar, com os mais diversos tipos de textos.

JC - O que trouxe o menino José Perea a Bauru?

José Perea - Eu nasci em Presidente Alves e vim para Bauru aos 8 anos de idade, porque meu pai era motorista de praça. Casei-me aos 27 anos de idade. Naquela época, a gente gostava muito de dança de salão (risos), por isso não me casei tão novinho assim.

JC - E o senhor era um bom dançarino?

José Perea – (risos) Até que era, sim. Mas eu conheci minha esposa no Liceu Noroeste. Eu dirigia um jornal, o “Bauru Estudantil”, e escrevi uma crítica sobre um professor de gramática. Ela foi aluna daquele professor e quis saber quem era aquela pessoa que escreveu a crítica. Chegou toda brava e aquela briga terminou em casamento (risos). Tivemos dois filhos e quatro netos e vivemos juntos durante quase 60 anos, até o seu recente falecimento. Quando jovem, eu também nadava muito e ganhava muitas medalhas. Agora eu só brinco na água. Cheguei a ser campeão de Bauru nos Jogos Noroestinos, ganhei medalhas nos Jogos Abertos...

 JC - O José Perea é um homem realizado?

José Perea - Assim eu me considero. Há um tempo eu não procuro mais ganhar dinheiro. Presto serviços para amigos e para quem quiser sobre gramática e redação. Tiro dúvidas, faço conferências, palestras... Tudo sem cobrar nada, só pelo prazer de trabalhar com o que eu gosto. Eu fiz muita coisa na prefeitura e, sem aparecer, contribuí para o progresso da cidade. Com o turismo fiz as viagens mais diferentes possíveis para a América do Sul. E as pessoas gostavam, agradeciam pelo cuidado que eu tinha com as excursões. Também tive momentos muito difíceis. Perdi minha senhora recentemente e, em 2013, sofri um acidente de carro com amigos, onde um colega faleceu, infelizmente. Eu estou tomando remédios até hoje. Agora, os outros atropelos que a vida me apresentou, eu acho que tirei de letra.

 

21/07/2014 09:35
Academia Bauruense de Letras celebrou os 21 anos com bate-papo literário
O escritor premiado com o Prêmio Sesc de Literatura Rafael Gallo foi o convidado do evento, que festejou o aniversário da ABL bauruenseTexto por Lauro Martins Neto/BauruPocket
Crédito: Facebook

Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura, o escritor Rafael Gallo foi o convidado especial para o evento comemorativo da Academia Bauruense de Letras. O órgão celebrou, no último sábado, sua maioridade com as 21 primaveras completadas fazendo a promoção da cultura por meio de textos, autores e literatura. O evento ocorreu às 19h30, no Auditório Helvécio Barros da Secretaria Municipal de Cultura.

Outros escritores membros da Academia, tais como Rosa Leda Gabrielli, Roberto Magalhães e Reginaldo Furtado, ficaram encarregados de fazer perguntas ao convidado Rafael Gallo e, logo após a sabatina, houve uma conversa bastante descontraída sobre a literatura e suas incursões.

Rosa Leda Gabrielli estabeleceu a ponto entre o escritor Rafael Gallo e o público presente, colocando em sua fala a satisfação pela presença de um aturo premiado e ainda pela felicidade de participar, como membro, de um órgão de grande importância como é a Academia Bauruense de Letras: "Ele recebeu o Prêmio Sesc de Literatura como contista e sua primeira obra foi com contos que já foi premiada”, elogiou Gabrielli, que salientou a pouca idade de Rafael e explicou a alteração da festa da ABL, que era para ter sido celebrada no último dia 5 deste mês: “Nós o convidamos porque ele é de Bauru, um escritor jovem. E adiamos, porque o aniversário da Academia é no dia 5, mas com a Copa do Mundo passamos para o primeiro sábado após a Copa”, concluiu a autora.


 

 

 

Encontro de Academias de Letras acontece amanhã

 

Evento vai reunir escritores para palestras, discussões e apresentações literárias.  


 

Bauru

Morre Isolina Bresolin, membro da Academia Bauruense de Letras

quinta-feira, 31 de julho de 2014, às 08:12

Faleceu ontem em Bauru a escritora Isolina Bresolin Vianna, aos 86 anos. Isolina era membro da Academia Bauruense de Letras.

A causa da morte da professora, ainda não foi confirmada. O corpo está sendo velado no Terra Branca e o enterro está previsto para logo mais, às 9h30, no Cemitério da Saudade.


 

Morre Munir Zalaf, ex-presidente da Academia Bauruense de Letras

Aos 87 anos, ele estava internado há um mês e não resistiu a uma pneumonia

   

Morreu, na manhã desta quinta-feira (6), o ex-presidente da Academia Bauruense  de Letras (ABL), Munir Zalaf. Ele tinha 87 anos e estava internado há um mês no Hospital da Unimed. Após piora do estado geral de saúde por uma pneumonia, não resistiu.

Zalaf morava no Jardim América há anos e teve uma trajetória de destaque como autodidata na literatura, escrevendo quatro livros. Trabalhou na Tilibra e Plasútil e  era reconhecido como homem de muitos amigos e dedicado à família. Viúvo, ele deixa dois filhos: Munir Zalaf Filho e Mariú, além de dois netos: Bianca e Lucas.

O velório ocorre no Terra Branca (salão 1, Centro) a partir das 12h30. Às 17h, o cortejo segue para Piratininga, onde enterro será no cemitério local às 18h.

João Rosan
Munir Zalaf tinha 87 anos e estava internado há um mês no Hospital da Unimed

 

     


                               

Acidente com membros da Academia Bauruense de Letras mata professor

João Batista Neto Chamadoira, da Unesp, não resiste aos ferimentos; outros três se ferem

   

Um acidente entre um carro, uma carreta e um caminhão matou o professor        João Batista Neto Chamadoira, da Unesp, na tarde desta quinta-feira (24-1).             A colisão ocorreu na rodovia (Bauru-Iacanga), altura do trevo de Arealva.

O professor - que também era membro da Academia Bauruense de Letras -      estava com outros três integrantes da instituição: Joaquim Simões Filho              (vice-presidente), José Perea (diretor-tesoureiro) e Benedito Requena         (membro). Os três se feriram, mas não correm riscos.

Simões foi para a Santa Casa de Arealva. Os outros dois foram levados                  ao PS Central de Bauru para encaminhamento de emergência.

No local, o carro tentava fazer o cruzamento no sentido Bauru quando                     foi atingido lateralmente pela carreta de Borborema. Com o impacto, o                  carro invadiu a pista contrária e bateu de frente em um caminhão de                     uma empresa de sorvetes com placas de Bauru.

Quioshi Goto
O carro foi atingido lateralmente pela carreta e, com a colisão, foi parar na frente do caminhão (foto acima)  que vinha na pista contrária

Motorista fala

O motorista da carreta, Carlos Alberto Alves Rodrigo, 47 anos, disse que      estava    em velocidade adequada para o trecho quando o carro iniciou o cruzamento. "Foi muito rápido e não deu tempo de parar. Se eu estivesse    correndo, podia matar     todo mundo", contou ao JC. Ele nada sofreu. O           outro motorista, Silvio Ribeiro, 42, também escapou sem ferimentos.

A Polícia Rodoviária sinalizou o local, mas não houve interdição. O JC    acompanha.

Arquivo/JC
João Batista Neto Chamadoira não resistiu aos ferimentos

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